Dom Quixote

“A obra criada por Miguel de Cervantes é considerada por muitos especialistas como a narrativa de ficção mais importante de todos os tempos. Esta publicação da Pé da Letra oferece ao leitor a oportunidade de entrar em contato com a engenhosidade de uma obra-prima da literatura universal. Por meio de uma linguagem acessível, é possível acompanhar, ao lado dos esternos Dom Quixote e Sancho Pança, algumas das aventuras mais famosas da história da literatura.”

Informações:

Editora: Pé da Letra

Autor: Miguel de Cervantes

Ano da 1ª publicação: 1605

Ano desta edição: 2018

Gênero: Romance

Páginas: 239

“Pois fique sabendo que esta noite me aconteceu uma das mais estranhas aventuras de que alguém já teve notícia.”

Dividido em duas partes, a obra clássica de Miguel de Cervantes traz como personagem principal o fidalgo Dom Quixote - ninguém realmente sabe o seu nome verdadeiro, conhecendo-o pelo título que ele mesmo se deu ao decidir se tornar cavaleiro andante. Em uma mescla de sátira, romance psicológico, paródia e farsa, a narrativa do famoso escritor espanhol apresenta uma visão moderna dos antigos contos de cavalaria da Idade Média. O narrador é observador, ou seja, apenas conta os eventos com um olhar de fora dos acontecimentos.

A história começa apresentando o tal fidalgo que ninguém realmente sabe o nome; ele vivia com a governanta e uma jovem sobrinha, e amava ler livros de cavalaria ao ponto da obsessão. Passava dias trancado consumindo obras desse gênero até que começou a “perder os miolos” e a se dizer cavaleiro andante. Ele assume a alcunha de “Dom Quixote de La Mancha” e foge de casa para viver aventuras - o que não dá muito certo, pois logo se mete em confusão e é encontrado por um vizinho que o leva todo machucado de volta para casa.

A sobrinha e a governanta suspiram aliviadas com o retorno do homem, mas isso não dura por muito tempo. Ao se recuperar, Dom Quixote decide arranjar um escudeiro, “pois em todas as histórias de cavalaria o cavaleiro tem um escudeiro para o acompanhar”. Ele, então, convida seu vizinho lavrador, Sancho Pança, com a promessa de lhe dar uma ilha para ser governador, “pois em todas as histórias de cavalaria o cavaleiro conquista reinos e ilhas que ficam sob os cuidados dos escudeiros”.

Dom Quixote e Sancho Pança partem em busca de aventuras e se metem nas mais variadas confusões, como a vez em que o cavaleiro batalha contra gigantes - que na verdade eram moinhos de vento - ou a vez em que ele decide auxiliar na batalha de dois exércitos - que na verdade eram dois rebanhos de ovelhas que vinham com seus pastores de lados opostos.

No fim da primeira parte, o fidalgo é encontrado pelos seus amigos - o padre e o barbeiro - e, com o auxílio de Sancho Pança, os homens conseguem levar Dom Quixote de volta para casa, sendo recepcionados pela governanta e a sobrinha. O cavaleiro passa por um período convalescente e, enquanto se recupera, o padre, o barbeiro, a sobrinha e a governanta fazem a limpa na biblioteca da casa - livrando-se dos livros que corromperam a mente do dono da casa.

O cavaleiro e seu fiel escudeiro, certamente, se meteram em diversas atrapalhadas, mas ninguém pode dizer que não foram aventuras…

“Uns dizem ‘louco, mas engraçado’; outros, ‘valente, mas desgraçado’; alguns, ‘cortês, mas impertinente’; e por aí vai.”

Na segunda parte da história, com a saúde recuperada, Dom Quixote e Sancho Pança mais uma vez fogem de casa para encontrar novas aventuras e se meter em mais confusões.

Os dois companheiros conhecem diversas pessoas que já estavam familiarizadas com as loucuras do fidalgo, pois haviam lido as publicações de escritores que narraram suas façanhas, espalhando a fama do Cavaleiro da Triste Figura. Em busca de uma boa risada, essas pessoas colocavam mais lenha na fogueira ao financiar as despesas de Dom Quixote e seu escudeiro, e mandar que seus servos criassem situações para que o fidalgo conquistasse suas ambições de cavaleiro andante.

Em uma dessas artimanhas, um duque inclusive “deu” temporariamente o governo de uma ilha - que na verdade era uma vila - para Sancho Pança. O escudeiro foi governador por uma semana, suas leis, mudanças e decisões foram tão positivas que o povo que ali vivia as manteve por muito tempo depois da partida do homem. Depois de uma semana, já cansado do fingimento, o duque ordenou que seus criados elaborassem uma forma de acabar com o governo de Sancho Pança. Foi feita então uma emboscada, que foi bem irrelevante para falar a verdade, pois o escudeiro já estava cansado de ser governador e preferia voltar a sua vida de simples escudeiro.

Juntos mais uma vez, Dom Quixote e Sancho Pança seguem viagem, porém encontram em seu caminho um cavaleiro andante desconhecido que diversas vezes desafia o Cavaleiro da Triste Figura, sendo sempre derrotado por ele - até que enfim o vence. Acontece que o tal cavaleiro desconhecido era na verdade o bacharel Sansão Carrasco, outro amigo do fidalgo, que buscava convencê-lo a retornar para casa ao derrotá-lo.

Ao fim da história de Dom Quixote, cavaleiro e escudeiro retornam definitivamente para casa na companhia dos amigos. Em seus últimos dias de vida, o fidalgo revela seu verdadeiro nome no testamento, onde deixa seus bens para cada um dos seus entes queridos e ordena que se a sua sobrinha se casar futuramente, que seja com um homem que nunca tenha lido histórias de cavalaria.

Acho que no fim, despois de tantas aventuras e desventuras, ele aprendeu a sua lição…

“Cumprimentem-me, senhores, pois eu já não sou Dom Quixote de La Mancha, e sim Alonso Quijano, a quem os meus costumes deram o apelido de ‘bom’.”

Ler Dom Quixote de La Mancha é entrar no mundo dos cavaleiros andantes, porém com uma visão moderna- ainda que a obra seja do século XVII, o que a torna ainda mais incrível.

A narrativa garante boas risadas e, ao mesmo tempo, deixa o leitor pensativo sobre as questões filosóficas, psicológicas e sociais apresentadas no decorrer da trama. As duas partes da história foram escritas em momentos distintos e, na segunda parte, há muitas críticas a outros escritores que utilizaram o personagem de Dom Quixote de uma maneira que não agradou a Cervantes - o que chega a ser bem engraçado também.

Definitivamente é um clássico que inspirou e continua a inspirar muitos outros escritores ao redor do mundo, Miguel de Cervantes revolucionou as histórias de cavalaria na idade moderna e sua escrita leve e divertida encanta leitores de todas as idades.

Fica aí uma opção para a sua leitura de férias ;)

Ah, e feliz 2025! ♡

“- Se quiser saber quem o deixou em tal situação, saiba que foi o famoso Dom Quixote de La Mancha, também chamado o Cavaleiro da Triste Figura.”

Sancho Pança

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