“Repleto de aventuras, mistério e romance, a história do Rei Arthur e as façanhas de seus Cavaleiros da Távola Redonda têm entusiasmado os leitores há gerações.
Nesta recontagem magistral da lenda arturiana, Sir James Knowles relata a descoberta do misterioso Merlin e suas profecias em torno do nascimento de Arthur. Ao se estabelecer o reinado do jovem rei, o que se segue é uma série de contos cativantes, apresentando a poderosa espada Excalibur, a bela rainha Guinevere e as aventuras de corajosos cavaleiros como Sir Gawain, Sir Tristram e Sir Lancelot.
Enquanto Arthur e seus cavaleiros lutam contra os feitiços da rainha Morgan Le Fay, resgatam donzelas em perigo e defendem o reino contra seus inimigos, é o virtuoso Sir Galahad quem tenta a maior busca de todas - a procura pelo Santo Graal - antes que o destino de Arthur seja cumprido.”
Editora: Pé da Letra
Autor: Sir James Knowles
Ano da 1ª publicação: 1860
Ano desta edição: 2022
Gênero: Literatura clássica, Lendas
Páginas: 304
O que dizer sobre as lendas do Rei Arthur?
Bom, a história começa com um foco maior em Merlin - o famoso feiticeiro que auxilia Arthur a firmar seu reinado.
Merlin era um jovem feiticeiro, porém tais práticas eram proibidas e, por isso, ele precisava esconder seus dons. Apesar disso, o personagem é apresentado como um mexeriqueiro que se mete em diversas confusões por querer sempre ajudar a família real e os cavaleiros com suas habilidades mágicas.
O Rei até então era Vortigern, o Usurpador. Há um confronto entre os irmãos Aurelius e Uther - os verdadeiros herdeiros do trono - contra Vortigern - que era saxão. O ursupador, ao ouvir sobre a iminente batalha, convoca todos os feiticeiros escondidos em seu reino para que façam uma profecia e o aconselhem. Depois de diversas profecias falsas e insatisfatórias, Merlin é convocado e prevê o destino sombrio do falso rei, o nascimento de Arthur e seu próspero reinado.
A batalha acontece, Virtigern é morto e Aurelius é coroado Rei. Porém não por muito tempo…
Após algumas batalhas e feitos positivos em seu reinado ao seguir conselhos de Merlin, Aurelius é morto por envenenamento. Sendo assim, Uther assume o trono e torna-se Rei da Grã-Bretanha. Ele decide fazer de Igerna, a viúva do Duque da Cornualha, sua rainha. Ela, porém, estava fechada no alto do castelo de Tintagil e, por esse motivo, o Rei pede o auxílio de Merlin, que concorda com uma condição: Uther deveria entregar a ele o seu primogênito.
Com o nascimento de Arthur, Merlin vai até o Rei para cobrar sua promessa. Recebendo o bebê, o feiticeiro leva-o até uma família de camponeses para ser criado como um deles. O príncipe, então, cresce sem saber sua verdadeira origem. Com a morte do Rei, é determinado que seu filho seria seu sucessor; o problema é que ninguém sabia da existência de Arthur.
O território, agora sem um líder, passa a ser um campo aberto para as invasões dos saxões. Desesperados, os nobres e clérigos vão até Merlin para aconselhamento. O feiticeiro pede para que todos fizessem votos de oração.
Durantes essas orações, no pátio da igreja, aparece uma pedra com uma espada fincada nela e a seguinte inscrição: “Aquele que puxar a espada desta pedra será o legítimo rei da Grã-Bretanha”. E, conforme a notícia se espalhava, cavaleiros e nobres de todos os lugares iam até lá para tentar a sorte, sem sucesso.
No Ano Novo é decidido que será realizado um torneio entre cavaleiros. O irmão mais velho de criação de Arthur é um dos competidores e o jovem o acompanha. O único impasse era que o irmão estava sem sua espada; Arthur, ao receber a tarefa de encontrar uma para seu irmão competir, vai até a pedra e retira a que estava fincada nela. Ele entrega ao irmão e este - ao perceber que espada era aquela - começa a gritar sobre sua sorte. Logo, é revelado que quem retirou a espada da pedra foi o jovem Arthur, que repete o feito diversas vezes para provar sua veracidade.
Com isso, ele é proclamado rei da Grã-Bretanha, recebendo treinamento apropriado de Merlin para que possa se tornar o líder que o reino precisava.
Depois que o reinado de Arthur se estabelece, a história segue apresentando os cavaleiros mais importantes da Távola Redonda e suas aventuras.
Rei Arthur aparece como o líder da irmandade, mas - aos poucos - torna-se uma figura cada vez mais distante da narrativa, pois o foco agora são os cavaleiros. Cada capítulo foca em contar alguma aventura diferente, e essas são sempre recontadas nas festas de Pentecostes que o Rei oferece.
Conhecemos em uma dessas aventuras a donzela Guinevere, por quem Arthur se apaixona. Ela, desde o início, mostra favorecer mais a Sir Lancelot, porém por Arthur ser aliado de seu pai, Guinevere casa-se com ele, a contragosto de Merlin - que prevê um destino sombrio para Arthur por causa dela -, tornando-se Rainha. Apesar disso, Lancelot permanece como “o cavaleiro dela”.
Isso é algo que aparece muito nessas lendas. Quando um cavaleiro salva uma donzela e eles criam um laço de afeição, é feito um voto de serviço eterno e proteção. Dessa forma, sempre que tal donzela estiver em perigo, é este cavaleiro que virá regatá-la.
Muitas batalhas são travadas, entre os próprios cavaleiros da Távola Redonda - ainda não sei dizer se por diversão ou não - e entre cavaleiros de reinos inimigos.
O território do Reino Unido é apresentado como sendo extremamente fragmentado. Há diversos Reis e príncipes, que lutam por seus reinos e suas donzelas.
Tais cavaleiros estavam sempre perambulando pelos territórios em busca de “jactância”. Era a busca de provar a sua virilidade e masculinidade, de provar a sua força e aumentar o seu ego. Esses homens só paravam quando morriam. Poucos eram aqueles que se apaixonavam verdadeiramente por uma donzela e casavam-se com elas para formar famílias ou então abandonavam a vida de cavaleiros para seguir novos rumos como eremitas ou curandeiros; não, a verdadeira alegria deles era estar batalhando por aí.
As últimas lendas apresentadas e as mais famosas são: a busca pelo Santo Graal - realizada pelos cavaleiros da Távola Redonda a pedido do Rei Arthur e concluída por Sir Galahad -, o aprisionamento de Merlin - que se apaixonou por uma donzela da corte de Morgan Le Fay (meia-irmã de Arthur) e ensinou certos encantamentos para ela, que os utilizou para aprisioná-lo em uma árvore - e a morte de Rei Arthur - causada na batalha contra seu filho, Modred.
Quanto ao Merlin, assim como Arthur, foi aos poucos desaparecendo das narrativas. Sendo mencionado uma última vez na lenda sobre seu aprisionamento. Nessa história, ele diz para um cavaleiro que o encontra que só poderia ser liberto pela dama que o aprisionou com os encantamentos que ele mesmo a ensinou. Merlin dá um último aviso para Merlin: não batalhar contra seu filho, pois ele certamente morreria.
A última lenda do livro é sobre a morte de Arthur. Todos sabiam que Guinevere tinha certa preferência por Lancelot, porém, certa noite, quando Arthur havia saído para caçar com alguns cavaleiros, ela o chama em seus aposentos secretamente. Alguns cavaleiros que não gostavam de Lancelot o viram entrar no quarto da Rainha e espalharam o boato de que eles teriam desonrado o Rei Arthur.
Ao saber disso, diversos cavaleiros batalham com Lancelot, porém são mortos. Apenas Modred foge ferido. Rei Arthur, ao saber dos acontecimentos, não pode fazer nada por sua esposa além de deixá-la ser levada para julgamento, sendo declarada culpada e recebendo a punição de morrer queimada.
Sir Lancelot, que havia fugido, ao saber sobre o destino da Rainha, volta para resgatá-la e ambos fogem juntos para um castelo. Arthur, então, declara batalha contra aquele que foi um de seus melhores cavaleiros. Após diversos dias lutando, eles chegam a um acordo e Arthur recebe de volta Guinevere com quem parte para Camelot enquanto Lancelot com sua tropa vai se refugiar na França.
Pouco tempo depois, Sir Gawain, querendo vingança contra Lancelot por este ter matado seus dois irmãos de maneira traiçoeira - mesmo sem perceber -, convence o Rei a declarar guerra contra o bravo cavaleiro. Contudo, enquanto a batalha acontece na França, Modred - que havia assumido o trono a pedido de Arthur em sua ausência - forja notícias de que o Rei havia morrido e, por isso, proclamou-se como novo Rei. Guinevere, assustada e fugindo dele, havia se refugiado na Torre, onde morre pouco tempo depois.
Arthur, ao saber dessas notícias, volta para Dover para batalhar contra Modred. É nesse batalha que pai e filho se matam ao mesmo tempo. A lenda finaliza com Arthur sendo levado por suas meias-irmãs para o Vale de Avilion, onde deveria se recuperar e voltar para assumir seu trono mais uma vez.
Apesar de gostar muito das lendas do Rei Arthur, ler esse livro foi um pouco difícil e cansativo.
É difícil acompanhar a narrativa depois do estabelecimento do reinado de Arthur, já que as aventuras acontecem todas ao mesmo tempo e são descritas aleatoriamente.
Além disso, os personagens são apresentados para o leitor com quase nenhuma história pessoal. É como se o autor considerasse que o interlocutor já conhecesse aquele personagem, sendo, portanto, desnecessário explicar a origem dele. Poucos são os personagens que apresentam uma história pessoal.
Também, é um pouco difícil conceber tantas batalhas acontecendo e “rios de sangue” jorrando por todo canto. Penso nos pobres dos cavalos, que não tinham nada a ver com aquelas brigas, mas acabavam “pagando pato”.
Haja cavalo para esses cavaleiros e sangue em seus corpos! Não sei como duraram por tanto tempo perdendo tanto sangue como foi descrito.
Outra coisa: parece que todos os cavaleiros e nobres tinham algum grau de parentesco entre si e só eles não sabiam. A quantidade de meio-irmão, primos, pai e filho, sobrinho e tio que se encontravam e batalhavam sem saber quem eram é verdadeiramente extraordinária.
(Sir Lancelot era pai de Sir Galahad, Arthur teve Modred com a meia-irmã - Rainha Belisent -, Morgan Le Fay era outra meia-irmã de Arthur, Sir Gawain era sobrinho de Arthur e muito mais… ufa! )
Além disso, as histórias nos faz lembrar bastante das batalhas e de diversas situações que são mencionadas na Bíblia Sagrada, principalmente do Rei Davi… esse foi um ponto bem interessante.
Ao final de cada capítulo senti falta de diversas informações e foi difícil relacionar um personagem com o outro, já que as coisas aconteciam muito rápido. E o que mais acontecia era: batalha, perda de sangue, perda de cavalo, salvar donzelas, voltar e contar tudo para o Rei Arthur.
Gostaria de saber o que aconteceu com Merlin depois, será que ele conseguiu sair de sua prisão? E Arthur? O que aconteceu com ele em Avilion? - O final quanto à isso ficou bem em aberto…
Concluindo, foi uma leitura interessante, porém difícil e cansativa.
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Rei Arthur
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