“Simon Basset, o duque de Hastings, é rico, bonito e solteiro. Prato cheio para as jovens da alta sociedade que só pensam em arrumar um bom partido, ele precisa de um plano para se livrar delas, pois tem o firme propósito de nunca se casar.
É quando entra em cena Daphne Bridgerton. Apesar de espirituosa e dona de uma personalidade marcante, todos os homens que se interessam por ela são velhos demais, pouco inteligentes ou nada charmosos.
AA ideia de Simon é fingir que a corteja. Dessa forma, ele conseguirá afastar as moças que o perseguem e atrair pretendentes para Daphne. Afinal, para despertar o interesse de um duque, ela deve ter mais atrativos do que aparenta.
Mas o sorriso malicioso e os olhos cheios de desejo de Simon tornam cada vez mais difícil para Daphne lembrar que é tudo uma farsa, e ela precisa fazer o impossível para não se apaixonar.”
Editora: Arqueiro
Autora: Julia Quinn
Ano da 1ª publicação: 2000
Ano desta edição: 2020
Gênero: Romance histórico, Ficção
Páginas: 382
A história narra o romance nem um pouco convencional de Simon Basset e Daphne Bridgerton. Está preparado para um prato repleto de clichês?
Namoro de mentira, melhor amigo do irmão, um segredo/mentira que abala as estruturas do bom relacionamento… Você encontra tudo isso e muito mais no primeiro romance da saga Bridgerton. Então vamos conhecer um pouco da história?
A obra se passa na Londres do período regencial, mais especificamente 1813, e começa mostrando ao leitor a situação familiar de Simon e as dificuldades e traumas pelos quais ele teve que enfrentar na infância. Seu pai, o duque, era um homem muito sério e que valorizava seu título de nobreza mais do que qualquer outra coisa e sua mãe, a duquesa, era uma mulher que sabia muito bem qual era a sua função dentro daquele matrimônio e, preenchida pelo seu senso de dever, só queria dar um herdeiro ao marido.
Depois de diversas tentativas frustradas, finalmente nasce Simon, o herdeiro. Em um evento feliz uma tragédia acontece, a mãe de Simon falece no parto. Feliz pela conquista, o duque oferece ao filho a melhor educação, as melhores oportunidades pensando em prepará-lo para futuramente assumir o título e continuar o legado dos Basset. Só havia um porém: Simon não falava.
Ficando cada vez mais impaciente com essa situação, o duque maltrata o filho, julgando-o incapaz - chegando ao ponto de se afastar totalmente do menino e dizer aos outros que este havia morrido.
Com raiva pelo tratamento do pai, a criança segue persistente e perseverando contra suas dificuldades para se tornar tudo aquilo que o duque jamais sonhou que o filho poderia ser. Realizando conquistas acadêmicas, sendo o mais requisitado no grupo de amigos, o mais valorizado aonde quer que fosse, viajando pelo mundo e adquirindo sua própria reputação… Simon fez de tudo e um pouco mais para que o pai o visse e se arrependesse amargamente pelo modo como o tratou durante toda a infância.
Com o falecimento do duque, o título passa a ser de Simon - que promete a si mesmo nunca se casar e nunca gerar filhos, para que o tão adorado título dos Basset morresse com ele, esta seria sua última cartada contra o pai, sua vingança.
E teria dado certo, não fosse por uma jovem decidida, espontânea e de personalidade forte: Daphne Bridgerton, a irmã mais nova de seu melhor amigo.
Daphne Bridgerton, a quarta de oito filhos de um casamento completo e feliz. Não é engano dizer que a jovem cresceu cercada por amor e afeto, mesmo com a falta do pai, que havia falecido quando a mais nova dos herdeiros Bridgerton nasceu. Uma peculiaridade engraçada e marcante desta família é que o nome das crianças seguiam em ordem alfabética: Anthony, Benedict, Colin, Daphne, Eloise, Francesca, Gregory e Hyacinth.
A bela moça era bem quista por todos, mas ser bem quista não é sinônimo de ter bons pretendentes. Muito pelo contrário, a personagem afirma que era apenas vista por todos como uma “boa amiga” e, por isso, tinha dificuldades de encontrar um bom candidato para ser seu marido. Ela havia recebido alguns pedidos de casamento aqui e ali, mas todos de homens questionáveis.
É em um momento como esse, em que ela estava sendo pedida em casamento (de novo) por Nigel Berbrooke - um jovem desiludido com a gentileza da protagonista -, que ela conhece Simon Basset, o novo duque de Hastings e melhor amigo de seu irmão mais velho. Anthony havia estudado com ele em Eton e em Oxford - escola e faculdade de prestígio para a alta sociedade. Sendo assim, ambos sabiam que não seria de bom tom se aproximarem tanto - Simon por respeito a amizade que tinha com o primogênito dos Bridgerton; Daphne pela reputação de libertino que o duque carregava. Ainda assim, havia uma força quase magnética entre os dois, sempre os aproximando.
Logo os dois são apresentados formalmente e em melhores circunstâncias - é aí que surge a ideia do “namoro falso”. Tentando fugir das jovens solteiras e “pensando” em ajudar Daphne a conseguir mais pretendentes, Simon sugere fingir cortejá-la e, apesar das dúvidas, ela aceita. Aos poucos, o jovem casal começa a sentir que a situação está se tornando cada vez mais real e sentimentos começam a florescer. Após muitas idas e vindas e quase um duelo entre Simon e Anthony, os pombinhos se casam as pressas, para evitar comentários da sociedade sobre o relacionamento deles.
Antes de se casarem, o duque conta para a jovem que “não poderia ter filhos”. Daphne interpreta isso como uma impossibilidade biológica do futuro marido e, mesmo que o sonho de sua vida fosse construir uma família e ter filhos, ela aceita superar esse obstáculo junto com Simon. O que ela não sabia é que isso não era uma impossibilidade e sim uma escolha.
Quando a verdade vem a tona, os problemas ressurgem e o casal precisa superar suas diferenças, mas principalmente: Simon precisa superar os traumas da infância e o ódio pelo pai, para não mais deixar que esse sentimento guiasse a vida dele e, assim, pudesse ser verdadeiramente feliz ao lado da mulher que amava.
Devo dizer que fiquei muito feliz de ter finalizado essa leitura em menos de uma semana, fez com que eu sentisse como se meu ritmo tivesse voltado aos trilhos.
Muito provavelmente isso se deve a fluidez e a leveza da narrativa que segue um ritmo bem tranquilo e gostoso de acompanhar.
É claro que eu fui ler esse livro influenciada pela série da Netflix, e devo concordar: o livro é muito melhor!
Eu já tinha ouvido comentários criticando as diversas mudanças desnecessárias realizadas pelo streaming, mas não tinha lido ainda a obra para tecer comentários plausíveis quanto a essas comparações. Mas agora que li… vamos as diferenças:
Primeiro que, no livro, Nigel Berbrooke não é muito mais velho que Daphne como mostra na série. Além disso, um clichê que não aparece aqui é o famoso triângulo amoroso: o tal do príncipe nunca nem foi mencionado - aliás, nem mesmo a rainha Charlotte é mencionada. Lady Danbury recebe algumas menções, mas não aparece na narrativa, muito menos tem um papel tão grande no desenvolvimento de relacionamento de Simon e Daphne como tem na série. O duque se refere a Lady Danbury apenas como uma senhora que o tratou muito bem na infância e com quem ele tem uma consideração e respeito, mas só.
Por fim, algo que me pegou de surpresa, é que ao final da narrativa ocorre um pulo de 4 anos - onde vemos a vida em família dos protagonistas, com os seus 4 filhos. A surpresa é que mencionam que Philippa Featherington se casa com Nigel Berbrooke!
Por essa eu não esperava…
Uma história que trata não só do amor, mas de superar traumas e obstáculos, tentando sempre ser a melhor versão de si mesmo. Ainda que as coisas não estejam favoráveis, há sempre um motivo - ainda que mínimo - para sermos felizes. Agarre-se à felicidade e ao amor, pois sem esses momentos… para que viveríamos?
Responde lá no Instagram: o que você mais achou diferente entre o livro e a série?
Julia Quinn
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