O Senhor dos Anéis

“Parte I - Anos depois das aventuras vividas em O Hobbit, Bilbo Bolseiro, um dos raros aventureiros desse povo, resolve ir embora do Condado e deixa sua considerável herança nas mãos de seu jovem parente Frodo. Dentre o legado de Bilbo, está o anel mágico que costumava usar para se tornar invisível. No entanto, o mago Gandalf, companheiro de aventuras do velho hobbit, revela a Frodo que o objeto é o Um Anel, a raiz do poder demoníaco de Sauron, o Senhor Sombrio, que deseja escravizar todos os povos da Terra-média. A única maneira de eliminar a ameaça de Sauron é destruir o Um Anel nas entranhas da própria montanha de fogo onde foi forjado. A revelação faz com que Frodo e seus companheiros hobbits Sam, Merry e Pippin deixem a segurança do Condado e iniciem uma perigosa jornada rumo ao leste. Ao lado de representantes dos outros Povos Livres que resistem ao Senhor Sombrio, eles formam a Sociedade do Anel.

O volume inicial de O Senhor dos Anéis, lançado originalmente em julho de 1954, foi o primeiro grande épico de fantasia moderno, conquistando milhões de leitores e se tornando o padrão de referência para todas as outras obras do gênero até hoje.”

“Parte II - Um ataque-surpresa pôs fim à jornada conjunta da Sociedade do Anel. De um lado, o trio formado pelo elfo Legolas, pelo anão Gimli e por Aragorn, herdeiro da realeza dos Homens, tenta resgatar os jovens hobbits Merry e Pippin, capturados por guerreiros-órquicos. A busca pelos companheiros perdidos levará os três a confrontar os cavaleiros do reino de Rohan e o mago renegado Saruman, que também deseja o Um Anel para si. Enquanto isso, do outro lado das montanhas, Frodo e Sam buscam uma maneira de entrar em Mordor e chegar até a montanha onde o Anel foi forjado, único lugar onde é possível destruí-lo. Para isso, acabam recebendo a ajuda de um aliado bastante improvável.

Com cenas que mesclam o heroico e o intimista, o sublime e o cômico, As Duas Torres abriga algumas das criações mais inesquecíveis da imaginação de J. R. R. Tolkien, como os gigantescos Ents e a cultura nobre e belicosa do povo de Rohan.”

“Parte III - A guerra entre os Povos Livres da Terra-Média e Sauron, o Senhor Sombrio da terra de Mordor, chega a seu clímax. Enquanto a batalha para evitar que a antiga capital do reino de Gondor seja destruída se desenrola, Sam e Frodo partem para o último estágio de sua jornada rumo ao Monte da Perdição, uma jornada que testará os limites do corpo e da mente dos pequenos heróis.

Neste último volume de O Senhor dos Anéis, J. R. R. Tolkien não apenas apresenta o desfecho de sua obra-prima, mas também fornece aos leitores numerosos apêndices, nos quais explora detalhes da história, das línguas, dos alfabetos e até dos calendários de seu mundo ficcional.”

Informações:

Editora: Harper Collins

Autor: J. R. R. Tolkien

Ano da 1ª publicação: 1954-1955

Ano desta edição: 2019

Gênero: Aventura, Fantasia, Épico

Páginas: 492; 398; 493

“Mas sinto-me muito pequeno, muito desarraigado e, bem, desesperado. O Inimigo é tão forte e terrível.”

Na primeira parte dessa trilogia incrível, J. R. R. Tolkien narra os acontecimentos que se passaram 60 anos após as aventuras de Bilbo Bolseiro e a companhia de Thorin Escudo-de-Carvalho em O Hobbit (ou, “Lá e de volta outra vez”). Durante sua viagem com os anões, o hobbit havia encontrado um anel que possuía propriedades mágicas, fazendo com que se tornasse invisível aquele que o usasse, algo que foi muito útil diversas vezes. Porém, o que Bilbo não sabia é que aquele era o Um Anel, forjado na Montanha da Perdição por Sauron, o senhor sombrio que todos acreditavam que havia sido derrotado nas grandes batalhas da Segunda Era.

Contudo, com a redescoberta do Um Anel, que previamente esteve - por muitos anos escondido - com Gollum, o poder de Sauron volta a crescer e a se tornar uma ameaça para todos os Povos Livres da Terra-Média. É aí que entra Frodo Bolseiro, sobrinho de Bilbo. Em seu aniversário de 111 anos, o velho hobbit decide se despedir de todos e partir para nunca mais voltar ao Condado - com a idade avançada além do que normalmente seria esperado, os efeitos malignos do anel se fizeram presentes. Precisando se afastar, e seguindo o conselho de Gandalf, Bilbo deixa sua toca e o anel como herança para Frodo. O mago, amigo de longa data dos hobbits, parte em busca de mais informações para confirmar suas suspeitas e, quando retorna, avisa ao jovem Pequeno do perigo iminente que crescia em Mordor. O único local relativamente seguro naquele momento seria Valfenda, o lar do lorde Elrond, senhor élfico.

Frodo e seus amigos, Sam, Merry e Pippin partem do Condado sendo perseguidos pelos Cavaleiros Negros, serviçais de Sauron, sem a presença de Gandalf (que havia sido feito prisioneiro por Saruman, um mago que havia se aliado ao senhor sombrio). No meio do caminho eles encontram elfos que os protegem, se aventuram em uma floresta sombria e misteriosa onde habitavam um estranho homem chamado Bombadil e sua esposa, Fruta d’Ouro, e conhecem Passolargo - um caminheiro que fora enviado por Gandalf para auxiliá-los em sua jornada até Valfenda. Em um confronto direto com os cavaleiros negros, Frodo quase parte dessa para uma melhor, mas consegue chegar a tempo no reino de Elrond e ser salvo. Ao acordar, uma surpresa: Bilbo estava lá durante todo esse tempo!

Com a presença de representantes dos Povos Livres, o conselho forma a Sociedade do Anel, um grupo que acompanharia o jovem hobbit em sua missão de destruir o Um Anel, são eles: Legolas, o elfo, Gimli, o anão, Boromir e Aragorn (que antes utilizava o nome de Passolargo), Gandalf, e Sam, Merry e Pippin. Juntos, os nove companheiros partem em uma jornada cheia de perigos e obstáculos, enfrentando a montanha de Caradhras, passando pelas minas de Moria e aproveitando a tranquilidade de Lothlorien - o reino élfico de Galadriel, a dama da luz.

No decorrer dessa jornada, amigos caem e a própria Sociedade do Anel se divide. Enfrentando desconfianças e o difícil caminho que precisam percorrer, não será nada fácil chegar ao destino e cumprir seu objetivo, salvando toda a Terra-Média da destruição que está por vir.

“Os nomes de verdade contam a história dos seres aos quais pertencem.”

Na segunda parte dessa aventura, acompanhamos separadamente as tribulações enfrentadas por cada grupo: primeiro pelo trio composto por Legolas, Gimli e Aragorn, que partem em uma caçada em busca dos orques que capturaram Merry e Pippin, procurando salvá-los; e depois a dupla Frodo e Sam - que logo vira um trio também.

A caçada do primeiro grupo é difícil e logo interrompida por um aliado que todos pensavam terem perdido em Moria. Legolas, Gimli e Aragorn precisam prestar sua ajuda à cidade de Rohan que será atacada pelas hordes de orques enviadas por Saruman com o objetivo de destruir a cidade e o reino dos Homens. Com o apoio de seres há muito adormecidos logo no momento de maior desespero, eles vencem e, ao chegarem em Isengard - lar de Saruman -, encontram os dois hobbits sãos e salvos em companhia dos Ents - seres humanoides gigantes que se assemelham muito a árvores, conhecidos por proteger e cuidar das florestas. Eles recuperam a Pedra da Visão que o mago usava para se comunicar com Sauron, porém esta influencia Pippin que se deixa persuadir e acaba utilizando seu poder. Precisando protegê-lo e evitar que o senhor sombrio encontrasse seus amigos e descobrisse a missão secreta de Frodo, o aliado recuperado parte com o pequeno hobbit na frente do exército e em direção a Minas Tirith.

Por outro lado, Frodo e Sam partem sozinhos em direção a Mordor com o objetivo de chegar à montanha em que o Um Anel foi forjado e destruí-lo, entretanto se perdem e a ajuda de Gollum, por mais surpreendente que seja, será necessária para que cheguem ao seu destino. Guiando-os pelos caminhos que conhece, aquele ser digno de pena segue, então, com eles ainda que não obtenha a confiança de Sam. No meio do caminho eles conhecem Faramir, irmão de Boromir que fizera parte da Sociedade do Anel, e ele os oferece repouso e mantimentos para continuarem sua jornada. O breve momento de descanso é seguido por um momento de extrema tensão, pois ao chegarem no atalho mostrado por Gollum, os dois hobbits se deparam com uma inimiga: Laracna, uma aranha gigante que tenta matá-los.

Smeagol havia atraído os dois até ela pensando que, com a morte de Sam e Frodo, poderia recuperar o seu “precioso” anel. O que ele não esperava era que a adaga herdada de Bilbo seria uma poderosa arma que os protegeria do monstro. Ainda assim, proteção não garante salvação e Frodo é atingido pelo veneno de Laracna. Acreditando que seu amigo estava morto, Sam decide seguir adiante e cumprir com a missão de destruir o anel - eles agora estão tão perto! -, contudo ele havia se precipitado… Se tivesse tido um pouco mais de esperança saberia que Frodo não havia morrido.

Agora o hobbit caído estava nas mãos dos orques de Sauron e Sam precisa dar um jeito de salvá-lo para que possam seguir adiante e salvar seus amigos.

“Na verdade não há como voltar. Por muito que eu vá ao Condado, ele não parecerá o mesmo; pois eu não hei de ser o mesmo.”

Para prosseguirmos com a história é preciso voltar até aonde deixamos nossos amigos guerreiros: prestes a enfrentar um ataque de proporções inimagináveis em Gondor. Aragorn, Legolas, Gimli e os guerreiros do povo de Passolargo partem em companhia dos filhos de Elrond até as Sendas dos Mortos - um local onde habitavam espíritos de guerreiros que haviam descumprido uma promessa de lutar em nome do Rei de Gondor. Aragorn precisa cobrar a dívida que lhe devem para que estes lutem em seu favor.

Por outro lado, os cavaleiros de Rohan marcham através de outra estrada em direção a Gondor para auxiliar na batalha. Com o caminho impedido, são os homens selvagens que os guiam pela mata de forma que os guerreiros chegassem a tempo de salvar a cidade. Mas nem tudo são flores: Denethor, o regente e pai de Boromir e Faramir, assim como Pippin e Saruman, havia usado uma Pedra da Visão e enlouquecido em pesar e desespero. Ao ver seu filho ferido e desacordado, acreditou que este estivesse morto. Decidido a pôr um fim em suas próprias vidas, manda que os guardas acendessem uma pira para ele e seu filho serem queimados juntos. Não fosse por Pippin e Gandalf, talvez a história de Faramir terminasse de outra forma.

A primeira parte da história segue os acontecimentos da batalha, a chegada triunfal de Aragorn e sua entrada como o legítimo Rei em Gondor. Mas tudo isso não serviria de nada se Frodo e Sam não conseguissem destruir o Um Anel no Monte da Perdição, derrotando o poder de Sauron e destruindo-o para sempre. Por isso, sabendo que os Pequenos se encontravam dentro do território inimigo, compreendiam a necessidade de desviar o olhar Sombrio da direção dos hobbits. Pensando nisso, Aragorn se reúne com os líderes militares, Legolas, Gimli, Merry, Pippin e Gandalf para combinarem uma investida contra o Portão Negro, a entrada principal de Mordor a fim de chamar a atenção para si e tirá-la da movimentação dos infiltrados.

Enquanto isso, Frodo e Sam enfrentam obstáculos cada vez mais difíceis: orques em todo lugar, o peso do Um Anel, o cansaço da jornada e a falta de comida e água. É Sam quem praticamente carrega um desesperançado Frodo por todo o caminho, sempre incentivando-o a seguir em frente e priorizando as necessidades do patrão em detrimento de suas próprias. Quando, por fim, chegam ao topo do Monte da Perdição, uma última provação acontece e Frodo não mais pensa em destruir o Anel, mas sim retê-lo para si. E assim, um confronto final ocorre entre ele e Gollum - que, após os abandonar à mercê de Laracna, os perseguira por todo o trajeto.

Com a vitória dos Povos Livres, novos acordos poderão ser firmados entre os territórios, Gondor voltará a ter um Rei depois de centenas de anos à espera e, quem sabe, um casamento há muito esperado aconteça… Talvez ainda haja esperança para a Terra-média, talvez o tempo dos Homens tenha de fato chegado - como muitos previram -, talvez os hobbits possam voltar ao amado Condado e viver em paz e tranquilidade como sempre o fizeram - isto é, se o Condado ainda estiver lá…

Mas é só talvez…

“Bem, eu vi o que vi e vi o que não vi.”

Essa trilogia é verdadeiramente um mergulho na aventura e na fantasia. Demorei um tempo considerável para conseguir finalizar os três livros, não apenas por conta da longa história, mas também por causa da correria do dia a dia.

Acompanhar Frodo e os outros hobbits, Aragorn, Legolas e Gimli junto de Gandalf pela Terra-média e ver suas batalhas para defender a esperança de um novo dia, com um futuro melhor para todos os que amavam, embarcar nesse universo, foi uma experiência única.

Não há como negar, J. R. R. Tolkien foi um gênio em diversos âmbitos além do literário. Ele não apenas criou todo um universo a partir de histórias para dormir que contava para seus filhos, mas amadureceu tais ideias, criou mapas daquele mundo, inventou uma língua do zero, desenvolveu alfabetos, calendários e todo um registro de famílias reais e genealogias (que são bem extensas por sinal).

As páginas finais da parte III dessa edição traz apêndices com todas essas curiosidades, escritos pelo próprio Tolkien, com curiosidades e mais informações para melhor compreender a Terra-média.

Definitivamente não esperava me interessar tanto por essa saga, mas confesso que fui conquistada pela genialidade do professor. Se vou ler outros livros relacionados a Senhor dos Anéis? É claro!

E você? Já leu algum livro do universo de Tolkien?

“As aventuras não acabam nunca? Acho que não. Alguém sempre precisa continuar a história.”

J. R. R. Tolkien

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